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- A Companheira Amaldiçoada do Alfa Vilão
- Capítulo 143 - 143 Mate o Lobo Dele 143 Mate o Lobo Dele Você... está vivo A
143: Mate o Lobo Dele 143: Mate o Lobo Dele “Você… está vivo?!” A pergunta escapou de seus lábios no instante em que seu olhar pousou em Esme, como se sua mente tivesse dificuldade em registrar sua presença como real. Sua expressão oscilou entre a incredulidade e o choque enquanto seus olhos vasculhavam o rosto dela, querendo confirmar o impossível.
Mas Esme mal se abalou com sua reação. Ela se manteve imóvel, seu silêncio alimentando o desconcerto dele, mas então Leonardo se inclinou, sua voz suave, porém impregnada com um toque de irritação ao sussurrar.
“Eu posso fazê-lo calar a boca se você quiser.” Sua oferta era indiscutivelmente tentadora, mas Esme balançou a cabeça com um leve sorriso.
Havia passado tempo demais desde que ela enfrentara Dahmer pela última vez, e ela nem sabia que ele estava entre as vítimas que foram drogadas.
Durante o tempo em que estiveram separados, ele acumulou inúmeras palavras cruéis sobre ela, e seu desprezo era um lembrete do destino amargo do qual ela quase não escapou. Ela deveria ter se casado com Lennox naquele dia — um destino amargo que Dahmer teria assegurado sem piedade. Sua liberdade estava prestes a ser arrancada, e seu caminho teria sido eternamente selado na jaula que ele e Lennox criaram.
Mas então, Donovan interveio, arrancando-a de uma vida de tormento da qual ela talvez nunca tivesse escapado sozinha. Ela sabia que sua presença naquele dia a salvou de um futuro insuportável.
Aproximando-se de Dahmer, Esme não esperou que ele dissesse mais nada antes de sua mão atingir o rosto dele com um tapa rápido e ressonante. Sua cabeça virou para o lado, mas o pequeno sorriso, quase provocativo, nunca deixou seus lábios. Ela observou enquanto a raiva se acendia nos olhos de Dahmer, claramente não esperando ser esbofeteado por ela, mas Esme cruzou os braços sobre o peito, projetando uma calma desafiadora que apenas fez pulsar uma veia em sua testa.
“Você… você tem muita coragem!” Ele rosnou em um tom baixo e venenoso, mas Esme murmurou pensativa em resposta.
“Você se lembra?” ela perguntou, sua voz firme. “Você costumava me bater muito pior, nunca parando até ver sangue ou sentir que eu estava perto da morte. Mas aqui estou eu, apenas um tapa, e você está como um vulcão prestes a entrar em erupção.” ela clicou a língua, sua voz entrelaçada com desapontamento zombeteiro.
Preso firmemente em cordas amaldiçoadas, Dahmer se esforçava contra elas, seu desespero flamejando como se ele não pudesse esperar para colocar as mãos em Esme ali mesmo por ousar esbofeteá-lo no rosto.
“Não se incomode,” Leonardo interrompeu, observando Dahmer lutar como se fosse um homem louco. “Essas cordas são amaldiçoadas; elas só vão apertar se você resistir. Tente se libertar, e você só vai acabar se machucando. Melhor economizar sua energia para o que está por vir.”
“Os dois…” Dahmer rosnou, deixando seu olhar ressentido pousar primeiro em Leonardo. “Por anos, você enganou todos. Você está infectado! Eu não acho que você estava infectado… provavelmente você foi um dos inimigos todo esse tempo! Isso também significa que Irwin está infectado? Será que ele nunca esteve doente, mas fingindo para poder esconder o fato de que ele é um demônio todo esse tempo?! Não ficarei surpreso se sua família inteira fosse uma matilha de mentirosos!”
As palavras mal haviam deixado seus lábios antes que um soco poderoso pousasse diretamente em sua mandíbula, fazendo sua cabeça virar para o lado novamente. Sangue escorreu de seu nariz enquanto ele tentava se estabilizar, e ele tossiu com a força do golpe.
Leonardo calmamente tirou um lenço do bolso e limpou seus nós dos dedos, como se estivesse se livrando de algo muito desagradável. “Não sou um homem violento,” ele disse, seu tom baixo, porém firme. “Chame-me do que quiser, mas deixe o nome de meus pais fora de sua boca suja. Continue me testando, e você vai se arrepender de cada palavra.”
Dahmer riu do tom ameaçador em sua voz. Ele sempre odiou como Leonardo atrapalhava seu caminho no passado, mas agora tinha um motivo ainda mais válido para odiá-lo. Seu olhar então se alternava entre Esme e Leonardo, e ele riu novamente, se esforçando contra as cordas certas enquanto se inclinava para a frente.
“Ouçam, os dois podem assumir que escaparam do julgamento, mas eu prometo que está longe de acabar. Vocês têm alguma ideia da bagunça na qual se meteram?” Seus olhos brilhavam malevolamente enquanto ele zombava. “O rei não poupará nenhum de vocês por trabalhar com o inimigo. Vocês só esperem para ver o que acontece! Eu arruinei sua desculpa patética de vida uma vez, Esme, e eu posso fazer isso novamente!”
“Oh, não… Estou absolutamente aterrorizada,” Esme murmurou, seu tom pingando com medo zombeteiro enquanto ela fingia horror. “O que eu deveria fazer se o rei descobrir? Talvez eu devesse me jogar de um penhasco por trair um deus como Lennox tão gravemente. Leonardo, estamos os dois culpados nessa. Devemos fugir enquanto ainda podemos, ou devemos nos ajoelhar e jejuar por cem dias na esperança de que ele nos perdoe? Me diga, qual é a medida mais sábia a tomar?”
O sarcasmo de Esme estava no ponto, arrancando uma risada de Leonardo, enquanto Althea cobria a boca com a mão para abafar sua risada. Suas reações apenas aprofundaram a fúria de Dahmer, e seu rosto ficou vermelho com a zombaria indireta, seus olhos ardendo com o desejo de atacar Esme como um touro carregando em seu alvo.
Sob circunstâncias diferentes, Esme talvez se sentisse intimidada; na verdade, essas mesmas perguntas preocupantes haviam cruzado sua mente momentos antes. Mas agora, nada disso tinha peso. Para ela, nada importava mais do que garantir a segurança daqueles que ela se importava.
Eles haviam ficado ao lado dela quando mais ninguém o fez, resgatando-a mesmo quando outros assistiam ela suportar a crueldade de Dahmer e se submeter a um casamento onde ela era valorizada apenas como uma ferramenta. Ela devia isso a Donovan e seu pessoal, incluindo Leonardo, e ao contrário dos outros, eles haviam mostrado respeito por ela, e a trataram com uma bondade que ela só conhecia de Finnian e Vivienne.
“Que tal você nos deixar preocupados com o rei, hm?” veio a resposta calma de Esme, sua voz afiada com advertência. “Porque você, por outro lado, pode querer focar em sua situação– e isso é o fato de que você não está escapando disso tão cedo.”
Ela então se inclinou perto do ouvido dele, sua voz baixando para um sussurro arrepiante. “Você tentou me matar, me vender, despedaçar minha confiança e espírito. Você até tentou se forçar sobre mim… Cada um desses atos exige expiação.”
Endireitando-se, sua expressão endureceu, e Dahmer estremeceu involuntariamente pela intensidade de seu olhar, como se seus olhos fossem como cacos de gelo esfaqueando-o no peito. Por um momento fugaz, ele se perturbou com a resolução feroz em seu olhar. Para mascarar seu medo, ele debochou alto.
“O que você vai fazer, hein?! Você é apenas uma prostituta sem lobo! O que te faz pensar que eu tenho medo de você? Você que deveria estar aterrorizada, não eu! Eu possuo você, Esme! Então, me liberte antes que eu faça todos os três se arrependerem. Não hesito em bater em mulheres, eu bateria em vocês até virar polpa!”
“Você quer dizer que teve que viver com isso a vida inteira?” Althea perguntou, seu tom suavizando com simpatia ao invés de medo. Ela não conseguia imaginar o que deve ter sido para Esme, suportando a presença de um psicopata por tanto tempo.”
“Sim,” Esme respondeu com um leve aceno de cabeça antes de enfrentar Dahmer. “Eu sou sem lobo, e eu não tenho um lobo. Eu aceitei isso. Mas… E você?”
A pergunta inesperada pareceu desequilibrar Dahmer, e antes que ele pudesse reagir, dois guerreiros familiares tropeçaram.
“Ouvi dizer que a senhora estava precisando de soro,” Orion anunciou, segurando um frasco de Soro de Lycobane. Esme e Althea trocaram olhares surpresos antes de deixarem seus olhares se fixarem nos guerreiros.
“Como vocês sabiam que estávamos aqui?” Althea perguntou, curiosidade entrelaçando suas palavras.
“Ordens do Alfa,” Atticus respondeu simplesmente.
“Donovan?” Esme murmurou, mal contendo sua admiração. Antes que alguém pudesse dizer mais alguma coisa, Donovan avançou das sombras, onde estava ouvindo silenciosamente.
Sua presença comandava silêncio de todos na sala, e ele cruzou os braços, “O quê? Um homem não pode estar disponível para apoiar sua amada em momentos como esse? Vá em frente… mate seu lobo se quiser. Ninguém vai impedi-lo.”