A Bruxa Amaldiçoada Do Diabo - Capítulo 81

81: Fechando as Janelas e as Cortinas 81: Fechando as Janelas e as Cortinas Este capítulo bônus é dedicado ao leitor “BlackYuki_Cross”. Muito obrigado pelo superpresente. <3 <3
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Draven saiu do salão do conselho carregando Ember em seus braços, seus passos longos e firmes fazendo seu servo correr atrás dele para acompanhar sua velocidade.

Depois de mal conseguir alcançar seu mestre, Erlos percebeu que o Rei havia perdido a entrada no corredor que levava aos quartos de hóspedes. Ele pensou que Draven deveria estar ocupado pensando no que tinha feito e não percebeu isso.&nbsp;
“Senhor? Os quartos de hóspedes são por aquele caminho,” disse Erlos imediatamente. “Eu deveria levá-la para o quarto dela. Não há necessidade de o senhor—”
A humana estava inconsciente e precisava ser acomodada em algum lugar, mas parecia impróprio para o próprio Rei continuar carregando-a em seus braços.&nbsp;
Como se Draven não o tivesse ouvido, ele continuou andando à frente sem pausar. Não demorou muito para Erlos perceber que estavam indo em direção à câmara do Rei.

‘O Senhor está levando essa humana para sua câmara?’
Erlos quase tropeçou, mas por sorte não caiu com o rosto no chão.

‘Ele está em seu juízo perfeito? Da última vez, ele não me pediu para tirá-la de sua cama… hmm? Mas… por que ele está—espera, é porque ele a marcou? Isso significa que ele já está reconhecendo ela como sua companheira?’
A realização o chocou e ele levantou a cabeça para olhar.&nbsp;
‘Todos os meus ancestrais, se me ouvem, me digam que não estou perdendo a minha mente. Será que eu não adormeci e estou tendo o sonho mais sem sentido?’
A porta da câmara do Rei se abriu sozinha e Draven entrou com passos seguros. Como se fosse seu plano desde o início, ele colocou Ember em sua cama e a cobriu com o cobertor. Sua ação foi surpreendentemente terna, mas não havia mais ninguém no quarto para testemunhá-la.

Draven sentou-se à beira da cama e observou o rosto da humana inconsciente.&nbsp;
Com os dedos cobertos por luvas, ele virou o rosto dela para um lado. Ele observou a marca que havia deixado no lado direito de seu pescoço. Duas feridas de perfuração vermelhas podiam ser vistas em sua pele. Ele tirou sua luva da mão direita e acariciou aquela marca delicadamente.&nbsp;
Segundos depois, Erlos entrou na câmara, esperando ouvir uma ordem ou comentários sarcásticos do Rei, mas o que ele viu o chocou.&nbsp;
‘Ele está tocando nela?!’
Seu mestre usava luvas de couro preto não como questão de estilo, mas devido à sua aversão ao contato direto. O Rei não era apenas um solitário, ele também nunca gostava de entrar em contato com ninguém e sempre usava luvas por hábito. Sua coruja de estimação, Meia-noite, era o único ser afortunado que Draven acariciava com a mão descalça… e agora, essa humana também.&nbsp;
‘Se isto é um sonho, preciso acordar logo,’ o jovem elfo não pôde deixar de abrir a boca surpreso. ‘As coisas estão ficando absurdas demais para os meus pobres olhos.’
Cada ato de seu mestre hoje deixou Erlos estupefato, desde marcar a humana diante do conselho, até trazê-la pessoalmente para sua cama, e agora, tocando ela com sua mão descalça.&nbsp;
‘O que estou pensando? Ele já foi tão longe a ponto de mordê-la para marcá-la, então tocá-la está dentro dos limites da razão.’ Erlos franziu a testa para seus próprios pensamentos inúteis.

Draven observou silenciosamente Ember e lembrou-se de algo. No salão do conselho, quando pediu que ela viesse até ele e ofereceu sua mão, ele se lembrou de quando ela acabara de chegar, de sua voz chorosa que ele ouviu enquanto estava em seu estudo e ela estava do lado de fora implorando para Leeora não mandá-la embora.&nbsp;
“Eu… eu quero ficar com você, Anciã(o). Prometo ser boa e obediente. Eu-Eu não quero deixar você. Não tenho mais ninguém.”&nbsp;
O imploro desesperado dela ainda ecoava em seus ouvidos quando ela foi convocada ao salão. Ao vê-la parada no centro do salão, parecendo toda indefesa sob os olhares curiosos dos outros, um impulso irresistível brotou dentro dele. Ele não entendeu o motivo de sua ação ao decidir marcá-la, mas apenas seguiu o que sentia. Ele simplesmente sabia que não podia deixá-la ir.

Enquanto Draven observava o rosto adormecido de Ember, seus ouvidos sensíveis captaram algo que o fez franzir a testa. No momento seguinte, todas as janelas de sua câmara se fecharam de uma vez e as cortinas foram puxadas, fazendo com que todo o aposento escurecesse.

Isso surpreendeu Erlos, e mesmo antes que pudesse dizer uma palavra, Draven lhe ordenou, “Estas janelas e as cortinas devem permanecer assim até que eu diga o contrário.”

“Você quer manter a luz do sol fora do seu quarto?” Embora Erlos estivesse perplexo com essa ordem, ele só pôde concordar, “Sim, Senhor. Eu obedecerei sua ordem.”

“Guarde a porta. Não deixe ninguém entrar na câmara,” veio outra instrução do Rei.&nbsp;
Antes mesmo que Erlos pudesse responder, Draven desapareceu da câmara enquanto a porta do quarto se fechava sozinha.&nbsp;
“Para onde ele foi?” Erlos murmurou. “Da última vez que ele desapareceu assim, trouxe essa fêmea humana com ele. Espero que desta vez ele volte sozinho.” Erlos deu uma última olhada em Ember e depois saiu da câmara para guardar a porta, como instruído pelo Rei.&nbsp;
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Do lado de fora do palácio, houve faíscas no céu acima do telhado, seguidas por vibrações abafadas como trovões. Houve colisões de dois poderes mais uma vez, e logo, dois corpos pareciam cair no chão coberto por árvores altas.&nbsp;
Estrondo!

Nuvens de poeira se ergueram no ar enquanto dois corpos colidiam no chão, fazendo o chão da floresta ter uma pequena cova no formato de uma pessoa.

Um guerreiro da Família Águia Divina estava preso no chão. O aperto de uma única mão enluvada o estrangulava com uma força tão grande, deixando-o incapaz de se mexer.&nbsp;
Morpheus não parecia surpreso enquanto olhava para o par de olhos vermelhos do dono que estava ajoelhado com um joelho. A força da sua mão estava pronta para matar alguém por estrangulamento.&nbsp;