A Bruxa Amaldiçoada Do Diabo - Capítulo 68

68: Eu Posso Torná-la Minha Companheira 68: Eu Posso Torná-la Minha Companheira “Ela não tem permissão?” Morpheus retrucou e deu um sorriso malicioso. “Bem, ela acabou de me dizer o nome dela enquanto nos despedíamos. Um nome tão agradável.”

Draven apenas sorriu de canto e manteve-se em silêncio, sem se dar ao trabalho de dizer que fora ele a lhe dar aquele nome. “Se terminou com sua conversa inútil, pode ir embora.”

“Como amigo, estou aqui para compartilhar minha experiência excitante com aquela fêmea humana, mas você simplesmente quer que eu desapareça,” Morpheus disse com um tom queixoso, mas Draven sabia que era só uma atuação para irritá-lo. 
“Eu não tenho um amigo como você.”

“Negar não vai mudar o passado,” Morpheus deu um sorriso maroto.  “Quem sabe? Talvez, possamos retomar nossa amizade enquanto eu compartilho meus sentimentos sobre a humana que você salvou.”

‘Sentimentos?’ As mãos de Draven apertaram levemente o braço da cadeira, apesar de parecer frio no rosto. ‘Quais sentimentos?’ ele não pôde deixar de se perguntar.

Os olhos cinzentos de Morpheus pareceram brilhar, mas se era por interesse ou travessura, ninguém sabia. “Depois de encontrar aquela fêmea, acho que não seria ruim ter uma humana por perto. Ela pode ser uma ótima forma de entretenimento. Como você sabe, eu vivo sozinho já que graças à sua graça eu perdi minha família. Eu poderia mantê-la comigo. Ela pode ser um bom animal de estimação, assim como Meia-noite é para você. ”
‘Animal de estimação!’ Mais uma vez o aperto da mão de Draven se intensificou no braço da cadeira. 
O metamorfo continuou a falar, “Na reunião do conselho de amanhã, se você decidir mandá-la para as aldeias humanas, então eu me ofereço para levá-la comigo. Já que há tal regra de não manter humanos dentro do território de nossa raça, eu simplesmente construirei um ninho na parte habitável da floresta ao redor de Agartha. Tecnicamente, é fora do reino, então não haveria problema. Apesar de eu odiar humanos em geral, eu tomei um interesse particular nesta adorável pequena fêmea. Quem sabe, uma vez que ela cresça, eu pode acabar gostando dela e decidir fazer dela minha companheira…”

‘Companheira!’
Crack! 
O braço da cadeira foi esmagado na mão de Draven no momento em que ouviu a palavra ‘companheira’. Morpheus não pode deixar de sorrir, pois era exatamente a reação que ele queria. 
“Oh, pobre cadeira.” Morpheus olhou com pena para o braço da cadeira esmagado. “Vivo ou não-vivo, ambos estão destinados a sofrer em suas mãos, Vossa Majestade.”

Draven percebeu que não conseguia controlar sua raiva diante da águia desagradável que o estava provocando intencionalmente. “Se você não desaparecer da minha vista, vai saber exatamente como se sentiu esse braço da cadeira.”

Infelizmente, Morpheus não era alguém a ser intimidado por suas ameaças. Com um sorriso, ele até caminhou despreocupadamente em direção a Draven. “Tsk! Sempre ameaçando os outros. Você deve ter atormentado aquela pequenina, empurrando-a tanto que ela decidiu saltar para a morte.” 
O homem alado se postou em frente ao Rei e olhou dentro daqueles olhos vermelhos. 
“O que exatamente você fez com ela?”

Esta pergunta fez Draven congelar, pois ele sentiu outro estranho sentimento puxando seu coração. 
‘Eu não a atormentei.’ Draven pensou no que fez com ela dentro da casa na árvore. ‘Eu não fiz nada.’ 
Ele simplesmente tentou descobrir a marca de seu sonho, já que seu instinto lhe disse que era uma pista para seu passado. No máximo, ele deu um olhar severo para aquela coisa desajeitada por não cooperar bem.

“Você parece hesitante em responder, Vossa Majestade,” Morpheus provocou. 
“Sou eu quem a trouxe para o meu reino. O que quer que eu faça com ela não lhe diz respeito.”

“Aqui estou eu, falando da possibilidade de fazê-la minha companheira e você diz que não lhe diz respeito.” Morpheus fez uma expressão ofendida. “Do jeito que ela estava feliz e confortável comigo, tenho certeza que ela não se importaria em se tornar minha companheira assim que se tornar adulta.”

Draven engoliu sua crescente raiva enquanto continuava a ouvir as provocações de Morpheus. 
“Além disso, ela parece adorar minhas asas,” ele afirmou com orgulho. “Ela gostou de voar comigo em meus braços. Ela se agarrou a mim tão firmemente, pressionando seu corpo contra o meu. Um corpo tão pequeno e frágil, eu estava preocupado que eu pudesse esmagá-la se colocasse até mesmo a menor pressão no meu aperto—”
No momento seguinte, o homem na cadeira não estava mais lá. Faíscas e centelhas apareceram e desapareceram na câmara como um relâmpago, seus movimentos tão rápidos que até o som da colisão chegou com vários segundos de atraso. 
Os corpos dos dois homens moveram-se de uma extremidade a outra da câmara, apenas para parar quando Morpheus foi prensado contra a parede quebrada atrás dele, estrangulado pela forte pegada do Rei. 
A câmara foi completamente devastada, mas o par de olhos vermelhos com uma intenção assassina avassaladora só tinha o metamorfo em sua mira. 
Morpheus não podia negar que desta vez talvez ele tivesse tocado o limite do Rei. Draven estava verdadeiramente irado e seu aperto em seu pescoço não era brincadeira. Ao contrário de um tempo atrás, quando Draven o estrangulou apenas por irritação, havia sede de sangue na maneira como ele apertava seus dedos ao redor de seu pescoço. 
Com o sol poente mal visível no horizonte, sombras dançavam na câmara que escurecia, fazendo com que os olhos vermelhos de Draven parecessem chamas invocadas do inferno. Se a pessoa alvo de seu olhar não fosse Morpheus, mas outra pessoa, ele teria desmaiado de susto. 
Em vez de recuar, Morpheus sentiu seu sangue guerreiro ferver. A besta dentro dele estava pronta para aparecer. 
‘Quando foi a última vez que te vi assim?’ Morpheus não pôde deixar de se perguntar.

Para levar Draven a este ponto, o metamorfo gastou incontáveis ​​anos sem obter nenhum resultado real. No máximo, ele só podia desabafar sua raiva contra o Rei através de pequenas brigas. Mas agora…
‘Você não percebeu ou está fingindo não perceber, Draven?’
Morpheus estava inicialmente apenas sondando, querendo mexer com Draven usando aquela fêmea humana puramente para irritá-lo. No entanto, parecia que aquela humana significava mais para ele do que alguém poderia ter imaginado. Morpheus sentiu que até mesmo Draven não percebeu o quanto aquela fêmea humana o afetou.