A Bruxa Amaldiçoada Do Diabo - Capítulo 489
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489: Conversa com o Irmão 489: Conversa com o Irmão A/N- Queridos leitores, este romance não tem a tag “Harem Reverso”, o que significa que não é um Harem Reverso. Então, acalmem suas mentes e não se frustrem com algo que nem foi escrito pelo autor.
Se Morpheus fosse acasalar com Ember, não haveria necessidade de eu criar um vínculo diferente para eles. Ele é seu protetor e as razões você saberá quando continuar lendo.
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O líder humano e aqueles com ele se curvaram para Draven.
“Bem-vindo ao clã humano, Vossa Majestade,” disse o líder.
Draven apenas murmurou, seu olhar varrendo ao redor. Havia bastante humanos reunidos, mas ele não sentiu nada incomum.
Ember observou o líder humano de perto. Ele era jovem, como Erlos e Áureus, com uma constituição forte e alta coberta por roupas escuras. Sua face tinha um aspecto maroto e confiança que permanecia firme mesmo diante dos sobrenaturais mais fortes.
O líder se voltou para Ember. “Senhorita Ember, estou encantado em vê-la aqui. Finalmente, pudemos nos encontrar.”
Ember apenas assentiu, seu olhar afiado escrutinando o homem.
Então, voltando-se para Morpheus, o líder disse, “Comandante… Minhas desculpas, Divino Águia Morpheus, bem-vindo.”
Todos estavam acostumados a chamar Morpheus de Comandante, mas ele não possuía mais esse título — e claramente, até mesmo o clã humano sabia disso.
Morpheus encontrava seu olhar friamente. “Parece que você está muito bem-informado sobre o que acontece em nosso território.”
“Como líder de um clã, devo acompanhar tudo,” o líder humano respondeu suavemente. “Você também não coleta informações sobre o que acontece no nosso?”
“Hoje, vamos descobrir quão bem-informados estamos,” Morpheus disse sarcasticamente.
O líder simplesmente sorriu e se voltou para Ember. “Senhorita Ember, permita-me apresentar alguém a você.”
Ele gesticulou em direção a Rhian, que estava calmamente observando Ember o tempo todo.
“Príncipe Rhian, eu cumpri minha promessa de trazer sua irmã para você.”
Ember virou o rosto para seguir o olhar do líder. Um jovem estava à frente, com dois cavaleiros atrás dele. Embora ele vestisse roupas escuras semelhantes às do líder do clã humano, qualquer um poderia dizer de relance que este jovem não pertencia ali.
Apesar da simplicidade de seu traje, ele se portava com elegância real. Seus traços eram afiados, e seu olhar era firme, cheio de calor e bondade enquanto olhava para ela.
Rhian caminhou em direção a ela, seus olhos nunca deixando-a, como se tentasse gravar sua imagem na memória — tentando combinar seu rosto com um esquecido.
Aqueles olhos verdes — olhos que ele mal tinha visto quando ela era uma recém-nascida — ainda pareciam familiares, o par mais bonito que ele já tinha visto.
Ela se parecia com aquela mulher que ele amava como uma segunda mãe — a mulher que foi brutalmente assassinada enquanto dava à luz seu filho.
Com aquelas memórias embaçadas girando em sua mente, ele finalmente parou em frente a Ember, enquanto seus dois cavaleiros respeitosamente mantinham distância.
Enquanto os dois irmãos se encaravam, nenhum sabia o que dizer.
Recuperando finalmente sua compostura, Rhian falou:
“Eu sou o terceiro príncipe de Valor, Príncipe Rhian Valor… e seu terceiro irmão, princesa de Valor.”
Ao ouvi-lo, Ember sentiu uma onda de emoção — uma estranha conexão que não podia explicar. Mas assim que ouviu ele chamá-la de princesa de Valor, sua expressão endureceu.
“Eu não sou uma princesa de nenhum reino, Príncipe Rhian,” ela disse firmemente. “Sou simplesmente a companheira do Rei Draven e do Divino Águia Morpheus.”
Rhian podia sentir o descontentamento em sua voz. É claro que ela ficaria chateada, depois de tudo pelo que passou.
“Se me permite perguntar,” ela continuou, seu olhar inabalável, “por que você está aqui? Acredito que de uma distância tão grande, não estou trazendo nenhum mau presságio para o seu reino. Você está aqui para me matar, já que todos falharam em me queimar naquela montanha?”
Todos os sentimentos reprimidos — a dor, a perda, a impotência e todos aqueles sentimentos ardentes que ela suportou por anos naquela montanha morta — estavam prestes a ressurgir enquanto Ember estava cara a cara com alguém conectado a tudo isso. Mesmo se ele fosse seu irmão, como alegava, para ela, ele era um deles.
Rhian manteve-se calmo. Sua raiva e palavras afiadas eram justificáveis. Qualquer um em seu lugar sentiria o mesmo.
Em resposta às palavras dela, Rhian subitamente caiu de joelhos na frente de todos, surpreendendo completamente Ember.
Abaixando a cabeça, ele disse, “Sei que nada pode compensar o que você passou, mas estou aqui para me desculpar em nome de todos que machucaram você. Peço desculpas como seu irmão — aquele que falhou em protegê-la. Você pode nunca nos perdoar, mas ainda assim, desejo buscar seu perdão. Apenas saiba disto — nossa mãe, a Rainha de Valor, fez tudo o que pôde todos esses anos para protegê-la, com a ajuda daquela bruxa que a criou como sua babá. Mas isso não nos isenta da culpa de não conseguir protegê-la nós mesmos. Mãe me enviou para garantir que você esteja segura e bem protegida. Se você não estiver, farei tudo ao meu alcance para protegê-la agora.”
Ember ficou abalada, sua mente girava com emoções que ela não sabia como processar.
Draven gentilmente envolveu o braço ao redor de seu ombro, oferecendo apoio silencioso, enquanto Morpheus finalmente baixou suas asas, que desapareceram atrás de suas costas.
Não era nada incomum para os humanos, mas os dois cavaleiros de Rhian ficaram chocados.
Para onde foram aquelas asas enormes? Que tipo de habilidade é essa?
O líder humano interveio. “Senhorita Ember, acho que você e o Príncipe Rhian deveriam ter uma boa conversa.”
Ember olhou para Draven, buscando sua opinião. Ele assentiu em concordância. Encontrar Agartha e chegar a este lugar não foi uma tarefa fácil — a determinação deste príncipe estava clara. Dar-lhe uma chance não seria uma perda.
“Por que vocês não se sentam e conversam? Preparamos tudo em honra aos nossos convidados,” disse o líder, apontando para uma área de estar montada ao ar livre. Várias tendas brilhavam suavemente à luz das lâmpadas ao seu redor.
“Príncipe Rhian e Senhorita Ember, vocês podem ter uma conversa tranquila ali,” ofereceu o líder.
Ember olhou para Rhian, que perguntou suavemente, “Vamos?”
Ela olhou para Draven mais uma vez em busca de segurança.
“Vá em frente,” Draven disse gentilmente.
Quando Rhian começou a liderar o caminho, Morpheus o seguiu imediatamente, caindo em passo ao lado deles.
Rhian parou e se voltou para ele. “Eu gostaria de falar com ela a sós.”
Morpheus olhou furiosamente para Rhian, sem se importar que ele fosse o irmão de Ember — um aviso silencioso em seus olhos, Um movimento errado e eu acabo com você.
Mas antes que as tensões aumentassem, Draven colocou a mão no ombro de Morpheus.
A águia irritada virou-se para olhar para Draven, lendo a mensagem silenciosa em seu olhar calmo — É hora de deixar eles mostrarem suas artimanhas.
Como haviam concordado anteriormente, usando isso como uma oportunidade para descobrir todos os esquemas sujos que os humanos estavam planejando, Morpheus cedeu, embora relutantemente. Graças aos seus sentidos aguçados, eles poderiam ouvir cada palavra trocada entre os irmãos, de qualquer forma.
O príncipe humano não representava nenhuma ameaça para Ember. Ela era invencível e nunca poderia ser ferida.
“Eu arranjei um lugar para nós também,” disse o líder, “Até que a Senhorita Ember termine de conversar com seu irmão, por que não nos sentamos, tomamos bebidas e discutimos sobre as questões territoriais? Não nos encontramos assim todos os dias.”
O líder gesticulou em direção à mesa cercada de cadeiras, indicando para Draven se sentar primeiro. Morpheus permaneceu em pé, seus sentidos aguçados, seu olhar fixo em Ember e Rhian à distância.
“Está frio aqui,” Rhian disse suavemente enquanto servia chá para Ember.
Ember observou o copo com cautela, como se não tivesse certeza se podia confiar em uma bebida oferecida por um estranho.
Compreendendo sua hesitação, Rhian tomou o primeiro gole sozinho, sem dizer uma palavra.
Ele então serviu outro copo e ofereceu a ela.
Desta vez, Ember aceitou e começou a tomar goles lentos, ainda cautelosa, mas disposta a ouvir.
“Qual é o seu verdadeiro propósito de vir aqui?” ela perguntou, sua voz afiada. “Acredito que todos devem pensar que esta bruxa já queimou e morreu naquela montanha.”
“Minha mãe disse que nada pode machucar você — que você está viva,” Rhian respondeu suavemente. “Tudo o que ela queria era ter certeza de que você está segura. Ela pediu-me para encontrá-la e levá-la a um lugar seguro, onde ninguém jamais poderia alcançá-la.”
“Por que ela faria isso quando até o rei quer sua filha morta?” Ember perguntou friamente.
“Isso não é verdade. Pai está preso a um decreto emitido por seu pai — o rei anterior,” Rhian disse, e ele foi em frente para explicar tudo o que aconteceu no passado.
Ember ouviu em silêncio, seus olhos se tornando úmidos.
“Mas agora, eu não tenho nada a ver com nenhum de vocês,” ela disse firmemente. “Agora que você me encontrou, pode voltar e nunca falar de mim para ninguém. Eu não quero nenhum de vocês invadindo minha vida pacífica.”
Rhian a olhou por um longo momento antes de falar novamente.
“Ouvi dizer que as pessoas aqui são poderosas e perigosas. Você está realmente segura aqui? O rei a manteve aqui à força? Se ele—”
“Ele não, ”
Ember interrompeu, sua voz inabalável. “Estou com ele porque o amo, e ele é meu verdadeiro lar. Confie em mim, eles são muito melhores do que vocês humanos traiçoeiros — que não são nada além de cruéis e egoístas. E mesmo se ele me tivesse mantido aqui à força, vocês humanos fracos não poderiam ter feito nada a respeito.”
“Você também é humana…” tentou argumentar Rhian.
“Eu sou uma bruxa. Esqueceu?” ela o cortou, seu olhar afiado e frio.
Rhian ainda podia ver a dor profunda que ela carregava.
“Para mim, você é e sempre será minha irmã,” ele disse gentilmente. “Se eu não fosse uma mera criança na época, teria protegido você — mesmo ao custo da minha vida. Nossos outros dois irmãos teriam feito o mesmo.”
Ember podia sentir sua sinceridade, mas não queria se permitir acreditar nisso.
“Então, depois de crescer, você poderia ter vindo ao meu resgate naquela montanha,” ela disse amargamente.
“Aquela montanha era o lugar mais seguro para você,” ele explicou. “Mãe planejava enviá-la secretamente para um templo antigo, onde ninguém a reconheceria ou incomodaria. Mas antes que isso pudesse acontecer, o incidente ocorreu — e nós perdemos você. Confie em mim, eu procurei por você naquela montanha morta por tanto tempo. Vaguei por todos os lugares do continente que pude. Agora que encontrei você, pode escolher vir comigo — e eu prometo, eu a protegerei.”
“É tarde demais para isso,” ela sussurrou, seus olhos se enchendo de lágrimas. “Se algum de vocês tivesse vindo àquelas montanhas e me pedido para ir com você — mesmo depois de toda a dor que me causaram — eu teria seguido você como um cão leal. Mas não agora.” Sua voz quebrou ligeiramente. “Você pode voltar e dizer à sua mãe que estou morta. Eu não quero que ninguém jamais saiba de mim novamente.”
“Eu não posso fazer isso. Mãe ficaria de coração partido. Ela foi contra seu próprio marido desde então, por sua causa. Eles não são mais marido e mulher — apenas o Rei e a Rainha de Valor. Devo dizer à minha mãe que você está viva e levando uma boa vida.”
“Faça como quiser,” Ember disse friamente. “Mas se algum de vocês vier aqui novamente para perturbar minha vida, não me acuse de ser cruel. Meus companheiros não pouparão ninguém que tentar me machucar.”
“Ninguém a prejudicaria,” Rhian disse, sua voz resoluta. “Se alguém ousasse, eu seria o primeiro a ficar no caminho e protegê-la.”
Embora seu coração pudesse dizer que ele estava falando a verdade, mas não querendo confiar em nenhum humano, ela lhe lançou um olhar cheio de dúvida, como se não confiasse em uma palavra que ele disse.
“Acho que isso é suficiente,” ela disse secamente. “Se não há mais nada, eu gostaria de ir embora.”
Assim que Ember se virou para sair —
Suave! Ugh!
Tudo aconteceu em um piscar de olhos.
Tudo o que Ember sabia era que o corpo de um homem a envolveu repentinamente em um abraço protetor — e algo perfurou suas costas, deixando-o em terrível dor. Logo, um calor começou a manchar suas mãos que seguravam o homem por reflexo.