A Bruxa Amaldiçoada Do Diabo - Capítulo 483

483: Conhecendo a Verdade 483: Conhecendo a Verdade Depois de fazerem uma refeição juntos, Morpheus decidiu partir.

“Para onde você vai?” perguntou Ember.

“Preciso esticar minhas asas. Sou uma ave fera e você não pode esperar que eu continue no mesmo lugar,” respondeu Morpheus, parecendo ansioso para ir embora. “Eu estaria por perto, não se preocupe.”

Ember olhou para Draven, que a assegurou de deixá-lo ir.

“Certo,” disse Ember e observou Morpheus partir.

Uma vez que ele se foi, Ember falou olhando para a janela de onde Morpheus tinha ido embora, “Draven, por que sinto que ele só quer ficar longe de mim? Ele não demonstra, mas eu consigo sentir.” Ela se virou para olhá-lo, “Estou errada em sentir isso?”

Draven permitiu que Morpheus partisse porque via que Morpheus precisava se afastar de Ember depois de ficar por perto por tanto tempo. Embora já estivesse se acostumando com o cheiro dela agora, ainda levaria um tempo até que ele pudesse suportá-lo completamente.

Mas ele se perguntava até quando poderia manter de Ember que Morpheus é afetado pela tração do vínculo ao contrário dela, que não sente nada. Era um assunto entre dois companheiros, então ele tinha certeza de que mais cedo ou mais tarde esses dois chegariam a um acordo sobre a verdade entre eles.

“Hoje ele ficou com você e até ouviu o que você disse sem que você mandasse ele fazer nada, isso significa que ele se importa e valoriza você como sua companheira,” falou Draven, “É uma nova dinâmica para ele e algo que ele e até você não esperavam então pode levar um tempo para ele se integrar.”

Ela murmurou como se estivesse tentando processar as palavras de Draven. “Eu só quero que ele saiba que agora tem uma família e não está mais sozinho. Quero que ele seja feliz, em vez de viver uma vida solitária.”

“Ele será,” Draven garantiu observando o rosto preocupado dela. Algo lhe veio à mente e ele disse, “Você também deve saber que o vínculo que você compartilha com ele é diferente do que você compartilha comigo. Não vai funcionar da mesma maneira que funciona para nós.”

Ember se sentiu confusa, mas disse, “Eu realmente não sei como funciona. Hoje descobri um aspecto de que ele é compelido a seguir minhas ordens, mas não pode ser sempre assim. Não posso sempre forçá-lo a fazer as coisas. Eu realmente preciso entender como esse vínculo funciona para que eu possa encontrar uma maneira para nós.”

Draven apenas murmurou e disse, “Tenho que ir verificar a fronteira com o Clã Humano.”

“Alguma coisa aconteceu depois da última vez que eles entraram escondidos no reino?” Ember perguntou.

“Não tenho certeza, mas parece que algo está acontecendo.”

“Você vai aceitar o pedido deles?”

“Não! Os humanos não são confiáveis e não posso deixar que você tenha qualquer coisa a ver com eles,” disse Draven, “No momento em que você se tornou minha companheira, você não é mais uma humana. Você é apenas Ember Aramis, Companheira do Dragão Negro.”

“Farei como você diz,” ela garantiu.

Draven partiu e Ember ficou pensando nela e em Morpheus. “Draven está certo. Eu preciso aprender sobre o vínculo,” com isso ela foi direto para seu escritório. Lá ela perguntou ao servo, “Onde posso encontrar o livro para estudar sobre o clã das águias divinas?”

Como Erlos tinha ido com Draven, outro servo elfo, a ajudou, “Sim, Senhora Ember. Deixe-me levá-la lá.”

Com a ajuda do servo, ela encontrou o livro de que precisava. Ember o levou de volta para sua própria sala de estudos, onde se concentrou na leitura sobre o clã das Águias Divinas.

Milhares e milhares de anos atrás, uma águia dourada divina apareceu no mundo mortal. Dizia-se que era a alma de um anjo caído que desceu do reino celestial e continuou a prosperar como o sobrenatural terreno, formando o Clã das Bestas Águia Divina junto com o clã comum das bestas águia existente no reino mortal.

‘Isso significa que os ancestrais do Morpheus são do reino celestial?’ Ember se perguntou enquanto continuava a ler mais e mais, sua história, poderes, glória e assim por diante… A maior parte ela já tinha ouvido falar sobre Águias Douradas e o quão poderosas elas podem ser. Algumas coisas eram novas para ela.

Depois veio a parte sobre o vínculo que as águias divinas formam com seus companheiros. O processo normal de vínculo que ela leu o qual ela estava ciente e apressou-se a ler sobre o vínculo proibido. Ela leu as coisas que Draven já havia explicado a ela. Mas então ela leu algo que ela não estava ciente de jeito nenhum – o efeito desse vínculo proibido no macho fera.

Conforme lia, Ember lembrou-se da reação de Morpheus em relação a ela depois que ele acordou. Ele parecia extremamente angustiado e não a deixava chegar perto. Ele não apareceu na frente dela por alguns dias. Mesmo quando voltou, ele estava tentando se afastar dela. Agora ela sabia o motivo.

‘Então todo esse tempo ele está apenas sofrendo ao meu lado, e eu nem estava ciente disso?’ A onda de culpa a inundou, ‘Por que ninguém me disse? A tração de um vínculo é a pior coisa para lidar. Ainda me lembro daquela dor, minha alma parecia estar se desfazendo. Como Morph aguentava? Ele deve ter sentido uma dor, e ele ainda está lidando com isso.’
Ela fechou os olhos na culpa. ‘Como vou lidar com isso? Deve haver uma maneira de acabar com isso, certo? Não posso deixar Morph sofrer.’
Ela sabia a resposta por si mesma de alguma forma, mas leu de qualquer maneira. Como esperado, ela teria que se acasalar com ele.

O coração de Ember deu um pulo naquela ideia. ‘Acasalar com Morph?’ ela engoliu em seco, ‘Isso… deve haver outra maneira. Esse vínculo é diferente, então deve ser algo mais…’ ela freneticamente leu todas as páginas, mas não havia outra resposta para isso.

Ela fechou o livro em frustração. ‘Talvez não no livro, mas posso tentar falar com os anciãos daquele clã. Eles talvez saibam de outro modo?’ Ela se levantou com determinação. ‘Preciso falar com Draven para que eu possa conversar com alguém conhecedor do clã das águias. Não posso deixar Morph saber sobre isso ou ele pode se sentir irritado. Com certeza encontrarei um jeito.’