100 Dias para Seduzir o Demônio - Capítulo 797
Capítulo 797: A Única Escolha Dela
Dia Oitenta e Três…
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Os olhos de Jane estavam fixos no carro do sequestrador, suas mãos apertando o volante firmemente enquanto ela levava seu veículo ao limite. O motor rugia, e a paisagem se tornava um borrão enquanto aceleravam pela área industrial.
Nathan, sentado ao lado dela, preparava sua arma, olhos estreitos com concentração.
“Vou atirar no pneu deles,” Nathan murmurou, sua voz uma mistura de tensão e determinação.
“Tome cuidado. Eu não quero que Mia se machuque. Ela está dentro do carro,” Jane implorou, sua concentração inabalável. Seu pé pressionou com mais força o acelerador, o velocímetro subindo constantemente.
Ethan, preso no banco de trás, agarrava o cinto de segurança, seus olhos arregalados com uma mistura de medo e admiração por Jane e Nathan. Era tão raro para ele ver seu pai e sua Mamãe Jane trabalharem juntos assim. Ele sentia como se estivessem filmando um filme de ação.
“Mamãe, tenha cuidado,” ele sussurrou, sua voz mal audível por cima do rugido do motor.
Jane assentiu, dando a Ethan um sorriso tranquilizador. “Eu entendi, Bebê. Vamos resgatar Mia.”
Ela conhecia os riscos, mas as apostas eram altas demais para deixar o medo dominar. Quando diminuíram a distância, ela viu sua oportunidade. Com uma manobra rápida e calculada, ela desviou o carro, posicionando-o ao lado do veículo do sequestrador.
“Agora, Nate!” ela gritou, sua voz cortando a tensão.
Nathan abaixou a janela, o vento chicoteando o carro, e mirou sua arma no veículo do sequestrador. Ele disparou, o tiro soando alto e claro. A bala acertou o pneu traseiro, causando uma explosão com um estrondo alto.
O som dos pneus derrapando ecoou!
O carro dos homens de Vincent guinou violentamente, e o motorista lutou para manter o controle.
Jane aproveitou o desarranjo deles, acelerando e ultrapassando antes de cortar bruscamente na frente deles. O motorista foi forçado a frear bruscamente, o carro derrapando até parar para evitar uma colisão.
Nathan disparou outro tiro, desta vez mirando o pneu dianteiro.
Bang! Bang!
Outro acerto. O carro ficou imobilizado, fumaça saindo dos pneus furados. Os homens dentro gritavam.
“Protejam a jovem senhorita! Temos que protegê-la!” O pânico deles se instalou ao perceberem que tinham sido pegos. Vincent não permitiria qualquer falha, caso contrário, isso significava morte!
Jane parou o carro com um guincho, saltando para fora antes mesmo de parar completamente. Nathan estava logo atrás dela, sua arma mira no veículo do sequestrador.
“Ethan, fique dentro do carro. Não saia,” Ele lembrou ao filho.
Ao alcançar o carro inimigo, Jane sacou sua adaga.
“Saia do carro!” Nathan gritou, sua voz autoritária e inflexível. “Mãos onde possamos ver!”
Os homens também estavam armados. Alguns deles pegaram suas armas. Dois homens estavam segurando uma arma enquanto o motorista pegou sua adaga.
“Vamos atirar neles?” Um homem perguntou ao líder deles. Não havia instrução de Vincent para atirar em Phantomflake e Nathan.
“Não! Vamos esperar pelo reforço.” O líder deles deu suas instruções.
“Mas Chefe. Não podemos deixar que eles levem a jovem senhorita! Nosso Rei nos matará.”
Eles ainda estavam conversando quando Jane arrastou um dos comparsas deles. O homem levantou as mãos em rendição. Eles sabiam que não tinham chance de escapar agora. Os olhos de Jane varreram o veículo freneticamente, seu coração batendo forte no peito.
“Onde está minha filha?” ela exigiu, sua voz tremendo com uma mistura de raiva e desespero. Ela estava segurando o homem pelo colarinho, a ponta afiada da adaga apontada para o pescoço dele.
Ele apontou para o banco de trás. “Ela está lá,” ele disse, sua voz trêmula. “Nós não a machucamos, eu juro.”
Jane não perdeu mais um segundo. Ela correu para o banco de trás, puxando a porta com força. Seu coração quase explodiu de alívio ao ver sua filha, dormindo profundamente, mas ilesa. Ela a puxou para um abraço apertado.
Nathan manteve sua arma apontada para os dois homens à frente, seus olhos frios e inexoráveis. “Vocês não vão sair impunes com isso,” ele rosnou, garantindo que eles entendessem a gravidade de suas ações.
Jane segurou sua filha apertado. “O que você fez com ela?”
“Nós apenas a colocamos para dormir.” O líder respondeu.
Jane e Nathan ainda estavam tentando proteger Mia quando ouviram a voz de Ethan chamando-os.
“Mamãe! Papai!”
Todos se viraram em sua direção.
“Larguem suas armas, ou eu atiro nesse garoto!”
O coração de Jane disparou ao ver o homem mascarado segurando Ethan sob a mira de uma arma. Seu choque inicial rapidamente deu lugar a um surto de instinto protetor.
“Não!”
O rosto de Nathan endureceu com uma mistura de medo e determinação. Ele calculou mal. Um backup apareceu do nada, capturando seu filho.
“Deixe-o ir!” Nathan gritou, sua voz misturando comando e desespero.
O homem mascarado apertou o aperto em Ethan, usando-o como escudo. “Fiquem para trás, ou o garoto leva,” ele advertiu, sua voz fria e inflexível.
Jane sentiu uma onda de impotência tomar conta dela. Ela deu um passo cauteloso para frente, mãos levantadas em um gesto apaziguador. “Por favor, não o machuquem. O que vocês querem? Podemos resolver isso conversando.”
“Estamos aqui para negociar. Escolha. Este garoto ou aquela garota. Quem você escolherá abandonar?”
Ethan, olhos arregalados de medo, tentou ficar imóvel, mas sua pequena estrutura tremia. “Mamãe, Papai,” ele sussurrou, sua voz trêmula.
A mente de Nathan correu, calculando suas opções. Ele não podia arriscar um confronto direto e colocar a vida de Ethan em perigo, mas precisava agir rápido. Ele olhou para Jane, e ela deu um leve aceno, entendendo o plano não falado que se formava entre eles.
“Tudo bem, nos dê tempo para pensar,” Nathan disse, tentando manter a voz firme. “Só não o machuquem. Vamos cooperar.”
“Não percam nosso tempo. Escolham agora. Um deles vai livre. O outro fica conosco.”
O coração de Jane afundou, seus olhos se movendo rapidamente entre Ethan e Mia, sentindo-se totalmente impotente.
Nathan deu um passo à frente, sua voz se quebrando. “Por favor, apenas—”
“Escolham!” o segundo sequestrador interrompeu, cortando-o.
Jane fechou os olhos com força, rangendo os dentes. Ela não tinha escolha a não ser dizer um nome e escolher apenas um.
Nathan respirou fundo, sua voz tremendo. “Ethan,” ele finalmente disse, seu coração se despedaçando a cada palavra. “Ethan, vá com eles.”
Os olhos de Ethan se arregalaram, enchendo-se de lágrimas, mas ele assentiu corajosamente. “Tudo bem, Papai. Vou ficar bem. Cuide da Mamãe Jane e da Mia para mim.”
“Não. Ethan ficará.” Jane disse firmemente. Como ele poderia deixar seu filho com os homens de Vincent? Ela não permitiria que isso acontecesse.
“Levem-nos em vez disso. Deixe-os ir.” Jane deu um passo à frente, ainda carregando Mia nos braços. “Diga ao seu Chefe que estou indo com vocês. Vou aceitar suas exigências. Vou me casar com ele.”
Tanto Nathan quanto Ethan ficaram congelados quando ouviram a decisão de Jane.
“Não, Mamãe! Não deixe meu Papai!” Ethan gritou. Ele estava contra a decisão de Jane.
Mas Jane balançou a cabeça. Ela olhou para Nathan, pedindo sua compreensão. “Nate, espero que você entenda. Vincent me quer. E eu nunca sacrificarei Ethan por minha causa. Eu tenho que fazer isso.”
Nathan cerrou os punhos com força. Ele não disse uma palavra. Naquele momento, era a melhor escolha.
“Leve Ethan com você,” Jane disse, virando-se de costas para ele.
O homem mascarado empurrou Ethan em direção a Nathan, que o agarrou em um abraço desesperado. Então o homem mascarado fez sinal para que Jane entrasse no carro dele. Jane cooperou de bom grado.