100 Dias para Seduzir o Demônio - Capítulo 796

Capítulo 796: Traga Mia de Volta

Dia Oitenta e Três…

~~*****~~

O sangue de Jane gelou depois que ela ouviu a exigência ridícula de Vincent.

‘Como ele ousa usar minha filha para me ameaçar assim?! Eu nunca vou perdoá-lo. Eu o odeio até o âmago!’ Jane rangeu os dentes, apertando o celular com força.

Seu coração batia forte em seu peito, a fúria se misturando com o medo. Ela podia dizer que Vincent estava sério com suas ameaças.

“Jane… o que estou pedindo é muito simples,” Vincent disse. “Case-se comigo, e você poderá ficar com nossa filha. Ou, fique com Nathan e pode esquecer de vê-la novamente.” Ele reiterou suas condições.

A visão de Jane ficou turva de raiva. O pensamento de sua filha, Mia, sendo usada como peão em seu jogo doentio acendeu um fogo dentro dela.

Ela cerrou os punhos, suas unhas cravando-se nas palmas das mãos. “Seu desgraçado,” ela sussurrou. “Você acha que pode simplesmente levá-la e fazer exigências, Vincent? Você não faz ideia com o que está lidando. Eu vou trazê-la de volta, custe o que custar!”

“Hmmm. Você pode tentar me desafiar, Jane. Vamos ver quanto tempo você aguenta ficar longe de Mia novamente. Ela também é minha filha. Eu a criei. Ela vai me escolher em vez de você,” Vincent disse suavemente, um tom sinistro em sua voz.

Ele riu sombriamente. “Ah, mas eu sei, Jane. Eu sei que você fará qualquer coisa por ela. E é por isso que você vai escolher sabiamente.”

Todo o corpo dela tremia de raiva. Ela sentiu o calor subindo ao rosto, sua respiração ficando mais irregular.

“Eu vou trazê-la de volta e você vai pagar por isso, Vincent,” Jane declarou entre os dentes cerrados.

“Estou ansioso para ver o que você decidirá,” Vincent disse, sua voz pingando de satisfação arrogante. “Você tem 24 horas.”

A ligação terminou, e Jane ficou lá, com emoções misturadas. Ela sentiu um grito subir em sua garganta, mas ela o engoliu, sua mente já formulando um plano. Ela não podia permitir que Vincent vencesse.

Percebendo que algo estava errado com Jane, Nathan imediatamente se aproximou dela. “Ei, acalme-se. Nós vamos encontrar Mia.”

Mas o rosto de Jane empalideceu. “Vincent levou minha filha. E agora, ele está me forçando a escolher entre Mia e você.”

O rosto de Nathan se contorceu assim que ele ouviu isso. Seu coração afundou e sua raiva aumentou. Seu meio-irmão estava jogando sujo, usando uma criança inocente para conseguir o que queria.

“Um desgraçado egoísta,” Nathan murmurou, cerrando o maxilar.

“Então o que você vai escolher?” Nathan perguntou a ela, sua voz muito baixa. Então ele desviou o olhar, com medo de ver a resposta em seus olhos.

Jane deu um suspiro profundo, segurando suas mãos. “Claro, eu vou escolher vocês dois. Eu vou salvar Mia. E eu vou me casar com você, Nate. Eu vou ter que morrer antes que ele possa tirar meus entes queridos de mim.”

“Mamãe?! Papai?! Eu ouvi direito? Mamãe, você vai se casar com meu Papai?” A voz de Ethan ecoou por trás. Ele ouviu as últimas palavras de Jane. Seus olhos inocentes estavam brilhando de alegria e expectativa.

Tanto Nathan quanto Jane responderam a ele em uníssono. “Sim, nós vamos nos casar!”

Ethan pulou e bateu palmas, mal conseguindo conter sua alegria.

“Tio Tatsumi! Tio Tatsumi!” Ele o chamou e compartilhou animadamente as boas notícias com ele.

“Sim, Ethan? O que foi? Vocês encontraram Mia?” Tatsumi perguntou a eles, sem saber de nada.

“Minha Mamãe vai se casar com meu Papai! Eles vão se tornar marido e mulher!”

Tatsumi ficou surpreso por um momento, olhando de Nathan para Jane. Depois que ele se recuperou do choque, Tatsumi sorriu para eles de forma constrangida e disse, “Parabéns. Felicidades!”

Jane e Nathan acenaram com a cabeça para ele.

Jane se agachou, segurando os ombros de Ethan. “Mas ainda não podemos comemorar, Ethan. Eu preciso trazer Mia de volta primeiro.”

Ethan concordou com a cabeça. “Não se preocupe, Mamãe! Eu vou te ajudar a rastrear a localização dela. Eu comprei um dispositivo de rastreamento no País J e o personalizei. Eu atualizei suas funções. Eu dei um dispositivo para Mia. Com isso, podemos encontrá-la em breve!”

“Hã? Então por que você não me disse isso antes? Eu entrei em pânico, pensando que não conseguiríamos ver Mia.” Tatsumi segurou os ombros de Ethan e o sacudiu.

Ethan encolheu os ombros para remover as mãos de Tatsumi. Ele deu um suspiro profundo e respondeu, “Eu tentei te contar antes, Tio. Mas você não estava me ouvindo.”

Balançando a cabeça, sem poder fazer nada, Ethan se voltou para Nathan e Jane, mostrando a eles a tela de seu celular.

“Mamãe! Papai! Aqui… essa luz vermelha é o sinal de Mia enquanto a azul é a minha. Quem quer que tenha sequestrado Mia, eles ainda estão perto. Ainda podemos seguir o veículo deles.”

Os olhos de Jane se iluminaram, envolvendo Ethan em um abraço apertado. “Obrigada, Bebê! Eu te devo essa!” Ela deu um beijo em seu nariz.

Ethan estava radiante desde que fez Jane feliz. “Você é sempre bem-vinda, Mamãe. Vou dar a cada um de vocês um dispositivo de rastreamento para que, se alguém se perder ou desaparecer entre nós, possamos ainda nos encontrar.”

Ethan deu ao pai e a Jane seu dispositivo de rastreamento personalizado. Era na forma de uma pulseira, para que ninguém pensasse que era um rastreador. Também não ativará o scanner de metais devido à atualização que Ethan fez nos dispositivos.

“Tenho um filho genial”, Nathan soltou enquanto avaliava a pulseira.

“E quanto a mim, Ethan? Eu não tenho um?” Tatsumi intrometeu-se.

Ethan balançou a cabeça. “Isso é exclusivo apenas para nós quatro… minha família!” Ele explicou.

Tatsumi: “…”

“Certo! Vamos em frente. Temos sequestradores para perseguir!” A voz de Nathan era urgente, lembrando-os antes de entrarem em ação.

Nathan, Jane e Ethan rapidamente entraram em um carro enquanto Tatsumi já tinha partido em um veículo diferente, liderando uma equipe separada.

Além disso, Nathan mobilizou seus homens, instruindo-os a garantir todas as possíveis rotas de fuga que os subordinados de Vincent poderiam usar.

Jane assumiu o assento do motorista, suas mãos apertando o volante com força. Seu pé pressionava o acelerador firmemente, e o carro avançou, o motor rugindo em protesto.

O velocímetro subia continuamente, ultrapassando bem o limite de velocidade. “Usem os cintos de segurança, pessoal!” Ela lembrou os garotos.

“Sim, senhora!” Nathan respondeu com um sorriso enquanto Ethan acenava obedientemente com a cabeça.

Nathan sentou-se ao lado dela, com o telefone na mão, coordenando a perseguição. Ele continuou dando ordens no dispositivo, garantindo que todas as saídas e estradas secundárias estivessem cobertas.

Seu maxilar estava firme e seus olhos alternavam entre a estrada à frente e a tela do telefone. ‘Não vou deixar você levar Jane de mim, Vincent. Vamos parar seus planos malignos.’

Ethan, sentado no banco de trás, podia sentir a intensidade emanando de seus pais. Ele olhou pela janela, a cidade se transformando em borrões enquanto aceleravam pelas ruas. Ele queria ajudar, mas sabia que ficar fora do caminho era a melhor coisa que ele poderia fazer agora.

“Aguente firme, Ethan. Você está bem, Bebê?” Jane chamou, verificando Ethan de tempos em tempos através do espelho retrovisor. Ela estava preocupada com a segurança dele, por isso tentava ao máximo se concentrar na direção.

“Estou bem, Mamãe Jane. Não se preocupe comigo. Concentre-se em dirigir.” Ele a tranquilizou.

Enquanto isso, Nathan olhou para ela, um lampejo de admiração cruzando seu rosto.

“Você está indo muito bem, Jane. Pegue a próxima à esquerda,” Nathan instruiu, sua voz calma, mas firme. “Eles estão indo em direção ao distrito industrial.”

Jane assentiu, seu coração batendo forte. Ela fez a curva, o carro derrapando levemente, mas mantendo a velocidade. Ela podia ver agora o carro distante dos homens de Vincent.

“Estamos perto deles? É aquele veículo preto na frente?” Ela perguntou a Nathan.

Os olhos de Nathan se estreitaram enquanto olhava à frente. “Sim. O sinal está vindo daquele veículo. Vamos pegá-los.”

*****

Enquanto isso, os homens de Vincent o contataram quando finalmente notaram o carro veloz os seguindo.

*Ring*

O telefone foi atendido!

“Chefe! Alguém está nos perseguindo! Acho que nos encontraram!”

Vincent franziu a testa ao ouvir isso. “Como está Mia?”

“Ela está dormindo profundamente, Chefe.” Ele informou. Em seguida, olhou para seu companheiro. “Ei, dirija mais rápido. Eles estão muito perto. Não deixe que nos alcancem!” Ele instruiu o motorista.

“Mia acabou de sair do hospital. Não a deixe acordar. Ela pode ainda estar traumatizada pelo acidente de carro. Vou enviar reforços. Me diga sua localização.”

“Apenas não deixe que peguem vocês,” Vincent acrescentou com sua voz autoritária.

“Entendido, Chefe!”